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Sem censura

29, julho, 2014

Certamente na falta de mais útil com que se ocupar, o Ministério Público Federal tentou censurar o Dicionário Houaiss. Queria que dele fossem excluídas as “as acepções pejorativas da palavra cigano”, lá significando “aquele que trapaceia; velhaco, burlador; que ou aquele que faz barganha, que é apegado ao dinheiro; agiota, sovina”. O mesmo dicionário registra que mané, assim chamado o nativo de Florianópolis, pode ser descrito como “indivíduo sem capacidade, pouco inteligente; bobo, paspalhão, tolo, que não se apura no que faz; desleixado, negligente”. Mesmo assim ninguém ousou apelar para a censura. A finalidade de um dicionário é registrar e informar as diversas significações que aquela palavra adquiriu nos seus mais diversos usos sociais, em momentos históricos variados, inclusive eventuais usos pejorativos ou discriminatórios. É o caso de mané. Hoje o ilhéu nativo tem orgulhar de ser assim chamado.

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