COLUNA DE HOJE: 21-02-2017
Irresponsabilidade remuneratória
O senador Dário Berger (PMDB-SC) está fazendo campanha no Congresso Nacional pela aprovação de sua proposta de emenda à Constituição que estabelece um teto salarial para os funcionários de empresas públicas e de sociedades de economia mista e subsidiárias. O valor seria o já definido para os demais servidores públicos, que no plano federal corresponde ao salário de ministro do Supremo Tribunal Federal; nos Estados à remuneração dos governadores, e nos municípios aos vencimentos dos prefeitos. PEC oportuníssima. Revolta a cultura da inesgotabilidade de recursos públicos, que há décadas empurra a gestão administrativa dessas entidades aos limites da irresponsabilidade remuneratória, permitindo a captura de sua estrutura por poderosas corporações de empregados, transformando os meios em fins, em inaceitável inversão de valores e finalidades.
Curioso que nossos representantes, bem como os dos demais estados, nunca sugerem medidas de austeridade visando os detentores de cargos públicos. Ao contrário, no Brasil quem se elege para algum cargo, torna-se um verdadeiro vice-rei, cheio de mordomias e privilégios, bem ao estilo das ditaduras africanas. Até quando? Vamos dar o exemplo.
Não precisa de teto: basta uniformizar as regras para políticos (quaisquer escalão ou poder), servidores de órgãos e autarquias e funcionários de estatais, ou seja, ACABAR COM A PU****A!
Propostas de austeridade é o que mais tem. Austeridade com A é o que inexiste. A começar por esses nédios políticos. Mais uma notícia partidária plantada, ou dada na presunção utópica de que se está tratando com gente reta que trabalha sem sugar nada do erário.