Vem causando repercussão negativa afirmação da deputada federal bolsonarista Júlia Zanatta (PL-SC) de que o fluxo migratório de moradores de outros estados para SC tem potencial de alterar o perfil conservador do eleitorado. Disse que “quem chega nem sempre compartilha dos nossos valores” e que “podem votar na esquerda”. Conforme o último Censo, SC teve um ganho populacional de 354 mil pessoas de entre 2010 e 2022, quase uma Blumenau inteira. Do nada, a congressista ganhou antipatias.
Quem deu um rasante por Jaguaruna e Laguna por estes dias foi o ex-prefeito de Nazaré, Walter Chicharro, tido como o maior promotor da cidade portuguesa, que tem ondas grandes, que em pouco tempo virou um polo surfístico-turístico mundial. Poderão surgir parcerias, já que as vocações naturais das cidades são as mesmas.
Um líder de conhecida organização criminosa que atua em SC ganhou o direito de prisão domiciliar para cuidar do filho de sete anos,
diagnosticado com os transtornos do espectro autista (TEA), déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), e ansiedade. Tal situação está prevista no artigo 318, inciso III, do Código de Processo Penal.
Sem ambientalistas-caviar se interpondo no caminho – ao contrário do que acontece com empreendimento congênere de R$ 250 milhões na avenida Beira Mar Norte, em Florianópolis, onde até inventaram que uma “floresta urbana” ali existente tem que ser reposta – segue célere o projeto da futura marina de Itapema, com aporte previsto de R$ 19 milhões e capacidade para 400 embarcações. Paralelamente, seguirá a reurbanização da orla da Meia Praia com alargamento da faixa de areia e do píer turístico, inspirado no Pier 39 de São Francisco (EUA), com 18 mil m², estacionamento, lojas e restaurantes sobre o mar. A cidade também irá receber um empreendimento da marca Hard Rock e reforçar seu destaque entre os destinos mais desejados do litoral brasileiro.
Enquanto se tenta aclarar o escândalo das fraudes no programa Universidade Gratuita, única forma de milhares de estudantes conseguirem acesso ao ensino superior, há um outro lado que vem sendo revelado: passa dos 60% o índice daqueles que abandonam os cursos, pelos mais diferentes motivos, mas principalmente econômicos. Imagina-se o quanto isso gera de desencanto, desesperança e traumas.
Se for adiante e virar lei, não deixa de ser uma interferência religiosa indevida, e passível de contestação quanto à sua constitucionalidade, projeto de lei pronto para votação em plenário, na Assembleia Legislativa, determinando que o poder público estadual mantenha exemplares da Bíblia nas suas escolas. Vivemos em um país laico, em que o Estado não interfere nos assuntos religiosos e vice-versa.
Há quem diga que a audiência da Globo em SC – boa parte dos bolsonaristas não gostam dela – tem influência em decisões da emissora quando da escalação do Estado em suas atrações. O caso da hora é o programa “Chef de alto nível”, um reality show de gastronomia, que estreia dia 15. Com trocentos participantes nas categorias cozinheiro da internet, profissionais e amadores, não há nenhum catarinense.
Das 27.732 pessoas presas nas unidades prisionais catarinenses atualmente, 492 são LGBTQIA+. Destas, 107 se identificam como gays, 73 como lésbicas, 101 como homens bissexuais, 4 assexuais, 83 mulheres transexuais, 29 travestis e 8 homens transexuais.
Há muito de hipocrisia nessa questão da população de rua em SC, problema quem em maior ou menor grau está presente em praticamente todas as cidades, das maiores à menores. Uma audiência pública na Assembleia Legislativa, nesta quinta-feira, é para debater “as violações dos direitos humanos”. Boas intenções à parte, o fato é que há forças políticas que não querem que isso se resolva porque é sua bandeira política. Violação a direitos humanos é permitir ou deixar que aquelas pessoas vivam na rua, por livre vontade ou não.