Tem razão de ser todo empenho do governador Jorginho Mello em esclarecer, ou mandar que assim seja feito, rapidamente, todo esse imbróglio envolvendo o programa Universidade Gratuita, que tinha tudo, mas agora está sob ameaça, para ser a marca principal de sua gestão. O PT catarinense já está explorando as falhas, qualificando-o como “ótimo, sim, para o governo fazer propaganda, porque na prática não funciona”, dizem seus porta-vozes.
Em sessão ordinária, sexta-feira, o Conselho Universitário da UFSC decidiu que a alteração do nome do seu campus-sede, em Florianópolis, ocorrerá em sessão especial, nesta semana. O dia e hora devem ser marcados hoje. Estará em votação aberta se ficará ou será retirado o nome do seu fundador e primeiro reitor, João David Ferreira Lima, dado em 2003. A recomendação pela retirada foi da Comissão Memória e Verdade, criada em 2014 com o objetivo de investigar violações de direitos humanos ocorridas na instituição durante a ditadura civil-militar (1964-1985).
A sessão de sexta-feira foi marcada por embates intensos. A advogada Heloísa Blasi criticou a formação da comissão, instituída em 2023, e acusou o CuN de cercear o direito de defesa ao divulgar o documento antes de conceder acesso oficial à família. O conselheiro Lucas Eduardo Brum rebateu, argumentando que o debate não se trata de um julgamento moral do ex-reitor, mas sim de uma análise sobre os excessos cometidos pela UFSC durante o regime militar. Destacou que documentos apresentados comprovam que Ferreira Lima colaborou ativamente com a ditadura, delatando membros da comunidade universitária.
Gabriel Ferreira Lima, neto do ex-reitor, participante das sessões sobre o assunto, defende a memória de seu avô, afirmando que ele usou seus relacionamentos para evitar punições mais severas a estudantes e funcionários durante o regime militar. Sugeriu uma consulta pública para decidir o futuro do nome do campus, argumentando que o debate deveria primar pelo rigor acadêmico.
O senador Esperidião Amin (PP-SC) é o alvo de uma mobilização nacional de indígenas, convocada para hoje, por ele ser autor do projeto de decreto legislativo 717/24, aprovado no Senado, que suspende os atos do presidente Lula que homologaram a demarcação das terras indígenas Toldo Imbu e Morro dos Cavalos, em SC. A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) repudia a medida e alerta que ela abre um perigoso precedente, que poderá levar à revogação de outras demarcações e impedir a homologação de territórios ainda não regularizados.
O Conselho Nacional de Justiça divulgou sexta-feira o resultado preliminar do Ranking da Transparência do Poder Judiciário referente ao ano de 2025. A finalidade é incentivar os órgãos do Judiciário a apresentarem suas informações de maneira mais clara, acessível e padronizada, facilitando o controle social e a transparência pública. Quanto a SC, entre todos os tribunais do país, o TJ-SC ficou em 39º lugar, com transparência de 96,71%. Quanto aos Tribunais Regionais Eleitorais, o TRE-SC ficou em 23º entre os 27, com 95,26%.
O leitor Caco Bastos sintetiza o sentimento que se percebe na maioria dos catarinenses que se ligam em política quanto à possibilidade do vereador na cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, ser candidato ao Senado por SC, porque seu pai e ex-presidente, que só pensa primeiro nos interesses de sua família, quer que seja assim: “Já basta esse senador, Jorge Seif, alienígena, carioca da gema, que caiu de paraquedas por aqui na esteira do Bolsonaro”. Olha….
O colunista Lauro Jardim publicou que a Genial/Quaest fez a seguinte pergunta a 2004 brasileiros de todos os Estados entre os dias 29 de maio e 1º de junho: “Você concorda ou discorda que o presidente Lula perdeu a conexão com o povo?”. Resposta: 63% responderam que concordam enquanto 33% discordam. Na faixa de idade entre 16 e 34 anos, a percepção de desconexão foi maior, 68%, e entre os evangélicos, 71%.
Como acreditar na nossa Justiça? Certamente muitos fazem a pergunta acerca de dois fatos dos últimos dias: um piloto de aeronave,
flagrado com 435 quilos de cocaína, foi liberado sob alegação de que houve “abordagem ilegal”. Ao mesmo tempo o humorista Léo Lins foi condenado a oito anos de prisão e a uma multa de quase R$ 2 milhões por contar piadas, apesar de serem, em boa parte, de péssimo gosto. Resumo: traficar drogas pode, contar piadas, não.