Dentre as reações destaca-se a do Grupo Manezinhos, que reúne mais de mil membros, a maioria ex-alunos da UFSC, capitaneados pelo advogado Nestor Lodetti, que divulgou uma nota de repúdio à decisão, qualificando-a como “imprópria e extemporânea e com pretensão de mudar uma rica história, construída por ações hercúleas e com denodo pela firme liderança do saudoso reitor João David Ferreira Lima”. Acrescenta não haver dúvida “de que a ação é inadequada, injusta, ofensiva e contrária aos valores, princípios que devem nortear uma universidade paradigmática, como a UFSC”.
As antenas desse espaço captaram uma percepção muito nítida entre todos os profissionais de comunicação que lidam com política em SC: há uma repulsa total à intenção do ex-presidente Jair Bolsonaro em indicar, ou impor, seu filho, Carlos, vereador no Rio de Janeiro, como um dos candidatos ao Senado por SC em 2026.
Não passou despercebida a visita feita ao presidente em exercício da Assembleia Legislativa, deputado Padre Pedro Baldissera, pelo desembargador João Marcos Buch, do TJ-SC, para tratar de políticas para enfrentar no Estado a situação da população em situação de rua. O magistrado afirmou perceber que “talvez as políticas públicas municipais que falam a tais pessoas estejam com uma conotação de criminalização desse público”.
Na segunda-feira, o governador Jorginho Mello anunciou que vai montar uma força-tarefa com as polícias para auxiliar as cidades do Estado a removerem pessoas em situação de rua que estiverem ocupando espaços públicos ou privados. “Quem montar barraca em local proibido ou se recusar a sair de um canteiro central, mesmo com vaga em abrigo disponível, será tratado como invasor”, alertou. Em Florianópolis, a prefeitura deu um primeiro passo: vai comprar até 50 vagas em clínicas privadas para internações involuntárias.
Pormenorizada análise do engenheiro Ricardo Saporiti, a pedido da Fiesc, mostra que os impactos negativos do atraso na duplicação da BR-280, principal acesso ao complexo portuário da Baía da Babitonga, não têm prazo para encerrar. Acidentes, filas, atrasos e emissões de gases poluentes devem continuar prejudicando os usuários da rodovia, especialmente no trecho entre a intercessão com a BR-101 e o Porto de São Francisco do Sul. Socorro!
O brasileiro do bem não merece o Congresso que tem. E estão lá 16 deputados federais e três senadores representando SC! Em votação de última hora e de surpresa, anteontem, derrubou vetos do presidente Lula aos obscenos jabutis incluídos em um projeto de lei que deveria servir para incentivar usinas eólicas offshore mas que, feitas as devidas contas, acrescentam R$ 640 bilhões às faturas de luz nos próximos 20 anos.
Nada está em sua pauta atos de responsabilidade com os gastos públicos, redução de privilégios e mordomias que há décadas escandalizam a população, infelizmente. Agora põe em votação proposta para aumentar o número de deputados federais, mesmo com 70% dos brasileiros contrários, com a desonesta justificativa de “correção de representatividade”. Não precisamos de mais deputados, e sim de mais honestidade, decência e responsabilidade fiscal a aqueles que pagam a conta.
Presidente da Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (Abrasf), Michele Roncálio, secretária da Fazenda de Florianópolis, foi ouvida anteontem na comissão especial da Câmara dos Deputados, que analisa o projeto de lei 1087/25, que altera o Imposto de Renda. Afirmou que ele pode causar uma perda de quase R$ 9,5 bilhões nas receitas municipais, sem a previsão de compensação adequada, que ninguém sabe onde possa ser buscada. Seria de R$ 4,6 bilhões só no Fundo de Participação dos Municípios, que recebe recursos do IR, e R$ 4,85 bilhões da isenção ou redução do mesmo tributo sobre a folha de salários dos servidores municipais.
O colunista Claudio Humberto publicou ontem que em meio a rumores de que lançará candidatura a senador em SC, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) confirmou que considera a mudança e informou: “valores não mudam com o CEP”. Veremos.