Ao receber ontem, em Brasília, uma comitiva de deputados estaduais junto com congressistas que integram o Fórum Catarinense, o ministro dos Transportes, Renan Filho, disse que existe desde 2018 a licença ambiental para construção do túnel no Morro dos Cavalos, em Palhoça e que está superada a pendência com os indígenas que ocupam a área. Tomara que esteja certo já que ao longo dos anos os impasses – antropológicos, burocráticos, ambientais, jurídicos e outros – que se interpuseram, foram tantos que não se tem mais certeza de nada.
Fez bem a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa derrubar, por unanimidade, projeto de lei que obrigava novos funcionários do Poder Executivo estadual a submeter-se a exame toxicológico. Seria uma odiosa discriminação. Por excluir os novos admitidos no Legislativo e Judiciário. Qual a diferença?
Na passagem de Bolsonaro por Florianópolis e região no início da semana o que mais se viu foram pré-candidatos a prefeito, de cidades médias e grandes, cercando o entorno do ex-presidente, quando não indo diretamente a ele, para convencê-lo a fazer uma visita a seus municípios até as eleições. Uns tem certeza de que isso é uma garantia quase total de sucesso nas urnas. A conferir.
Esse desavergonhado presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, teve a pachorra de defender, em discurso, anteontem, o famigerado e indecente quinquênio para magistrados, alegando que o benefício não afeta “o equilíbrio das contas públicas”. Cara de pau! Na mesma terça-feira nota técnica elaborada pela consultoria do próprio Senado advertiu que o peso financeiro da proposta pode ir a R$ 81 bilhões, tal o leque de categorias que acham que podem ser beneficiadas com aquela imoralidade.
Coincidentemente no Dia Mundial do Livro, anteontem, Lula, do alto de sua conhecida sapiência às avessas, mandou um recado ao respeitado e culto ministro Fernando Haddad, sugerindo que ao invés de ler um livro, perca algumas horas e converse mais com o Senado e na Câmara. Lamentável saber que um presidente da República veja perda de tempo na leitura de um livro.
Uma pesquisa internacional em 57 países demonstrou que houve queda no número de leitores de livros. O Brasil ficou em 52º lugar. O deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD), anota, a propósito, que em sua cidade natal, Blumenau, não há mais bancas de revistas e livros; deram lugar a tabacarias.
Este espaço sempre alerta que no final do ano no Legislativo estadual se faz um esforço concentrado para “limpar” a pauta de projetos pendentes de votação. É o momento ideal para oportunistas de plantão, entre eles o nosso Judiciário. Foi numa dessas votações relâmpago que passou projeto reajustando as taxas dos cartórios em até 200%, em vigor desde o dia 1º deste mês. Estão causando espanto, principalmente no setor imobiliário e da construção civil. Taxas que oscilavam entre R$ 5 a R$ 6 mil, passaram para R$ 12 mil, diz a Associação Catarinense de Construtores e Afins.
“O Globo” informou ontem que Bolsonaro mudou a agenda que faria anteontem em SC após descobrir que Adeliana Dal Pont, pré-candidata do PL à prefeitura de São José, criticou sua gestão durante a pandemia da covid. Após ver vídeo que mostra o posicionamento dela à época, o ex-mandatário cancelou a passagem de sua motociata pelo calçadão do bairro Kobrasol.
O PL deve ir de chapa pura nas eleições para a Prefeitura de Joinville. Conforme o pré-candidato a prefeito pelos Liberais, deputado Sargento Lima, a decisão de correr sem coligações foi tomada em grupo e deveria se tornar pública mais perto do período eleitoral, mas “pessoas de outras legendas, que buscavam um melhor cenário para um projeto político” se anteciparam e começaram a plantar notícias falsas de que estariam com o PL. “E num possível embate entre eu e o atual prefeito (Adriano Silva), a esquerda estaria do lado dele, jamais ao meu lado, o que é normal é compreensível”, diz.